Os três ciclos de Os Mundos de Aldebaran são, sem dúvida, uma das mais emocionantes séries sci-fi nos últimos anos. Seu autor, Leo, conta o esforço da humanidade em suas primeiras tentativas de colonizar planetas distantes. A saga mostra a jornada da jovem Kim em Aldebaran, em seguida, Betelgeuse e Antares. Ela enfrenta muitas aventuras e desafios, se deparando com criaturas estranhas, paisagens majestosas e tendo que lidar com danos causados pela loucura humana. Este grande épico humanista é enriquecido, com uma nova série paralela de Os Mundos de Aldebaran, intitulada; Sobreviventes (Anomalias Quânticas). Descobriremos uma nova heroína, Manon, e um grupo de sobreviventes do desastre da nave Tycho Brahe, que desapareceu quando se dirigia para Aldebaran com 2500 colonos a bordo. Esse acidente, citado no livro 1 de Aldebaran, é a causa do isolamento da colônia de Aldebaran durante um século, que é a base da saga. O pequeno grupo de jovens sobrevive e vão parar num planeta desconhecido localizado em uma encruzilhada no espaço.
Tradução: Gamboa
Revisão: Reverendo
Letras: Areco
Mais um lançamento exclusivo! ESPERAMOS QUE COMENTEM!!!
Agora nós também estamos "adentrando" no Universo Valiant, e começamos com Ninjak. A história mostrará em paralelo o passado e o presente do agente Colin King do MI-6, e todo o processo pelo qual ele se tornou o mais mortal espião do planeta. Ele está caçando o Sete Sombras, o mesmo grupo que o treinou, e que tem ligação direta com seu trágico passado. Com roteiro de Matt Kindt e arte de Clay Mann com Butch Guice.
Hellboy vai ao interior do Kansas para investigar um caso paranormal tipo chupacabra, onde os rebanhos aparecem mutilados. Lá ele é abduzido por uma nave espacial e se vê cara a cara com robos gigantes, alienigenas, bois e vacas, e ainda terá que arrumar um jeito de voltar a Terra em segurança. Roteiro de Mike Mignola e arte de Kevin Nowlan.
Em breve nós vamos "lançar" a HQ Europeia, "Os Filhos d'El Topo", a continuação direta do filme cult de 1970 que Jodorowsky escreveu, atuou e dirigiu. Então pra quem ainda não viu o filme, trazemos uma das várias análises que se encontram na web para entender um pouco desse universo, porem contendo vários spoilers. Mas quem preferir, tem uma versão online diretamente do YouTube em uma ótima qualidade!
Análise:
Faroeste lisérgico, psicodélico, surrealista! “El Topo” um filme de 1970, é à primeira vista um Western, mas muito diferente de qualquer outro Western até aí filmado. Produto da imaginação do autor vanguardista chileno (durante antes radicado em França) Alejandro Jodorowsky, que antes já filmara o também surrealista “Fando y Lis” em 1968, “El Topo” é uma história mística de busca da luz e conhecimento, e das consequências que isso tem sobre um homem. O mote é desde logo dado na apresentação da toupeira, animal que escava para procurar a luz, e com ela fica cega. De certo modo é isso que a história representa.
O filme segue a vida de um homem, chamado El Topo (o próprio Alejandro Jodorowsky), que se inicia como um justiceiro, mas através de uma série de episódios, muitas vezes simbólicos, vai encetar uma viagem de purificação e ascensão, que acabará com o seu próprio sacrifício, após se ter disposto a salvar um conjunto de pessoas.
Subdividido em capítulos de carácter bíblico, “El Topo” mostra uma forte influência religiosa, com temas judaico-cristãos e orientais, na base da sua filosofia. Esta (que tem a ver com as influências do próprio Jodorowsky) passa por um certo messianismo (El Topo surge como salvador no deserto, compara-se a Moisés, e faz milagres de encontrar comida e água), e continua no ascetismo com que ele renasce no interior da caverna (a cabeça rapada e túnica invocam o budismo), e na ascensão que busca no contacto com os mestres, que procuram atingir uma outra forma (o nirvana budista).
A violência e a sexualidade são outros dos temas recorrentes da obra (comuns ao surrealismo em geral), iniciada como uma série de combates à pistola. Em jeito de Western, El Topo desafia e vence todos os adversários, trazendo justiça a um mundo que eles vilipendiam (matando, usando, humilhando, profanando, sodomizando). Tal vale-lhe a admiração de Mara (Mara Lorenzio), que o segue, e a quem se dá. A fé de El Topo (que consegue encontrar comida e água no deserto, ao contrário de Mara), alia-se a imagens de conteúdo sexual, como a nudez e violação de Mara que, ao deixar de ser virgem, já pode também acreditar e assim a conseguir também comida e água (de notar como a rocha de onde brota água tem a forma de um penis do qual jorra semen).
A partir de então El Topo é desafiado a dar o passo seguinte, matar os quatro mestres, os quais nos surgem como ascetas, mestres de sabedoria, que contribuem para a iluminação de El Topo. Este mata-os para que ele próprio progrida e os substitua, mas fá-lo com pesar, no que não é compreendido por Mara, que aos poucos o troca por outra mulher. Por outras palavras, quanto mais El Topo sobe no caminho espiritual, mais Mara procura os prazeres carnais dados pela mulher desconhecida (exemplificados na tortura com chicote, e nos beijos apaixonados).
Tendo atingido a perfeição, ao matar os mestres (e absorver a sua sabedoria), El Topo é abandonado (as feridas que ostenta relembram as chagas de Cristo), e renasce no interior de uma caverna. Note-se aliás como o tema do enterro e renascimento é recorrente. Começamos com o enterro dos objetos do seu filho, que assim se torna um homem. Vemos depois o renascimento do Coronel (David Silva), que acorda como um bebé, e à medida que se veste se torna adulto e poderoso. A passagem de El Topo dá-se após o enterro dos quatro mestres. Temos depois o renascimento simbólico de El Topo, que acorda numa caverna (como um útero da mãe Terra), e na cerimonia de corte do cabelo e barba, vemos um parto simulado, com El Topo saindo de entre as pernas da velha anciã. O próprio filme termina com o nascimento do segundo filho de El Topo e o enterro do protagonista.
O tema da passagem é também evidente, com a educação e o crescimento do filho de El Topo (primeiro criança, depois adulto), o qual precisa matar o pai (analogia freudiana), para finalmente ter uma vida sua. O mesmo fizera El Topo, com os quatro mestres, que precisou matar para progredir como pessoa. O filme termina fechando um ciclo, em que o filho, veste agora as vestes de pistoleiro, cavalgando no deserto com um bebé atrás de si.
Crescimentos, mortes e renascimentos, são constantes rituais de passagem, episódios no caminho para novos estados de existência, o tal caminhar da toupeira em relação ao sol que a cegará.
A sátira de Jodorowsky vai ainda mais longe, mostrando-nos a hipocrisia humana, contida na cobardia e luxúria do Coronel e seus homens (retratados como cães), na violência da aldeia, na repressão de costumes que leva às depravações sexuais de homens e mulheres, e até na religião, aqui professada como um culto de falsos milagres (a roleta russa viciada), numa igreja marcada pelo símbolo do triângulo com um olho dentro, evocativo da maçonaria, e usado nas notas de dólares americanos.
Usando o surrealismo e simbolismo na forma de ligar episódios, e transmitir conceitos, Jodorowsky concebeu um filme excêntrico e complexo. Lembra por um lado um Fellini visualmente mais austero e parco em palavras. Mas o imaginário de Jodorowsky é original pela fotografia no deserto, temática sul-americana e sátira corrosiva. O uso da violência, muitas vezes sangrenta, a crueza das várias passagens, a escolha do grotesco, por exemplo no uso de pessoas deformadas como atores e figurantes, e as mensagens desconcertantes presentes em cada momento, fizeram com que o filme tenha sido fortemente criticado, tendo sido inclusivamente proibido no país de origem.
“El Topo” quando estreou, acabou chamando a atenção de John Lennon, que o defendeu como parte do movimento avant-garde em que ele próprio se inseriu. Com o seu patrocínio o filme teve uma distribuição alargada nos Estado Unidos, tornando-se um filme cult, tendo vindo a influenciar inúmeros artistas. Hoje, é citado como influência de realizadores como David Lynch e Gore Verbinski, e músicos como Bob Dylan, Roger Waters e Peter Gabriel, entre outros artistas e autores.
O combate entre Avatarex e os invasores do Vazio da Hydra se torna mortal. Enfraquecido pela falta da âncora humana, o super-guerreiro de outro tempo precisa encontrar uma forma de derrotá-los antes de ficar sem energia. Com roteiro de Grant Morrison e arte de Edison George.
TIM foi salvo por Telsa e Quon e eles traçam o curso rumo a CGU. Mas no caminho, outra equipe de Sucateiros atacam e invadem a nave, e agora os levam para o planeta onde se originou os abates de robôs... O Planeta Gnish.Roteiro deJeff Lemire e arte de Dustin Nguyen.
Determinado a descobrir os criminosos por trás do drama da Keelodge, Sherlock, que está de volta a Londres, continua suas investigações. Como o seu irmão Mycroft se afastou do caso, ele tem pouca evidência para o avanço da investigação. No entanto, ele tem uma virada decisiva quando se depara com um certo Edward Hyde, um homem nojento, ameaçado de morte pelas mesmas pessoas que condenaram a aldeia. Com roteiro de Sylvain Corduriê e arte de Eduard Torrents, uma produção do Centurions.
Um futuro distópico, situado em 2064, onde a Guerra Civil Americana, conhecida também como a Guerra da Secessão, teve um desenvolvimento diferente. Não bastando o conflito entre as forças do Norte e do Sul dos EUA, uma grande aliança indígena foi formada e assim o povo nativo-americano se envolveu no conflito. Em meio a esse caos que durou por muitos anos, um cometa atingiu o país, mais precisamente bem no seu centro, conseguindo interromper a guerra como se fosse uma intervenção divina. Com todas as atenções voltadas a esse evento, então os povos firmaram acordos para garantir a paz no ”Armistício”, o epicentro da queda do cometa, e dessa forma os EUA acabou sendo dividido em sete nações (estados) diferentes: a União, a Confederação, o Reino, as Planícies Ardentes, a República do Texas, a Nação Sem Fim e o PRA.
O cometa também trouxe os Cavaleiros do Apocalipse: Guerra, Fome, Conquista (no lugar de Peste) e Morte que utilizaram dos ensinamentos da "Mensagem", para formar como se dará o futuro do planeta Terra. Criada pelo escritor Jonathan Hickman e com a arte de Nick Dragotta, uma produção dos Renegados.
Cidade do Silêncio é uma espécie de prelúdio a Transmetropolitan com o seu futurismo urbanístico ou Doktor Sleepless e os choques epistemológicos fisicamente disruptivos. Nesta mescla de cyberpunk com policial num espaço urbano futuro que vivem em choques epistemológicos constantes, três personagens mais que humanos formam uma força policial oculta encarregue de silenciar inovações tecnológicas. Num desenvolvimento hiper-acelerado, qualquer inovação poderá ser potencialmente catastrófica e numa tentativa de manter alguma ordem no caos social as autoridades citadinas tentam travar qualquer lampejo de disrupção tecnológico-cultural.
Apesar de imunes aos memes virais, os três agentes encarregues do silêncio cultural encontram um inimigo à altura na pessoa de um mago tecnológico, que utiliza os canais de comunicação eléctricos para invocar os demônios tecnológicos infernais. Uma mistura visceral de ideias complexas e futurismo sem limites, ainda em estado cru e sem refletir a elegância violenta que se tornou a marca da obra de do escritor Warren Ellis, a história ainda conta com a arte de Gary Erskine.
O escritor e desenhista Joshua Luna, mais conhecido pelo trabalho que produz ao lado do seu irmão Jonathan Luna (assim formando os Luna Brothers, de Girls, A Espada e Ultra), lança a minissérie Whispers. Trabalhando sozinho dessa vez, Joshua contará a história de Sam Webber, um homem que está perdendo o controle de sua vida para um distúrbio obsessivo compulsivo.
Mas a vida de Webber muda quando ele adquire estranhos poderes de projeção astral que, ao mesmo tempo em que o libertam, também dão a ele a capacidade de manipular pessoas de maneiras que ele nunca imaginou possíveis. E mais, se Webber antes já tinha problemas em lidar com os outros, imagine o que acontecerá quando ele descobrir, em suas viagens como um "fantasma", outras dimensões que ninguém deveria conhecer. Uma produção dos Guardiões do Globo.