A história começa com um pastor que perdeu sua fé, Norman McCay. Logo após a morte de um amigo Norman começa a ter visões apocalípticas de uma guerra que levaria ao juízo final. Uma guerra de super heróis. A situação complica quando um ser chamado misterioso chamado Espectro convoca Norman para presenciar os fatos que levariam a esta guerra e auxiliar no julgamento final.
A partir daí acompanhamos a dupla atravessando o mundo numa forma espiritual e descobrimos que os heróis ‘das antigas’ se aposentaram e o mundo foi jogado nas mãos de uma nova geração de heróis que, sem o apoio e instrução dos heróis anteriores, cresceu sem descobrir que “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. Eles lutam sem se importar com as pessoas que estão, pretensamente, salvando. Lutam apenas pela diversão.
Tudo muda com a volta do Superman e de outros membros da Liga da Justiça, que passam a buscar os heróis baderneiros e procuram doutriná-los. O choque de gerações é inevitável, pais contra filhos, amigos contra amigos, alianças inesperadas e uma rede de intrigas levam a um final surpreedente. Além dos novos heróis o mais legal dessa série é ver como nossos velhos conhecidos sofreram a passagem do tempo.
Superman, agora um senhor grisalho, isolou-se do mundo e cuida de sua fazenda, vivendo apenas com seus animais, decepcionado com a humanidade e saudoso dos entes queridos que já partiram. Batman esgotou tanto seu corpo, em sua eterna luta contra o crime, que agora precisa usar aparelhos para sustentar seu corpo e usa robôs para patrulhar Gotham City.
Mulher Maravilha retirou-se para a ilha paraíso e não envelheceu diferente dos demais heróis, afinal possui uma origem mitológica que a eleva ao status de deusa. Lanterna Verde criou uma cidadela esmeralda, pairando sobre a atmosfera da terra, preparado para protegê-la de qualquer ataque alienígena. Aquaman retirou-se para viver na Atlantida, pois como ele mesmo diz, a terra tem muitos heróis para protegê-la, mas ele sozinho tem que proteger os 70% do planeta que estão embaixo d’água. Shazam, bom, quanto a esse herói só posso dizer que é um dos pontos chave na série.
A obra fala principalmente de responsabilidade, culpa, mas também fala de esperança. Nesta série, o deslumbramento das pessoas com os heróis é o mesmo deslumbramento que nós leitores temos diante deles. É muito fácil mergulhar nesse universo criado por Mark Waid, porque nos identificamos com os reles mortais ali retradados, diante da grandiosidade desses heróis – aqui tratados com os status de divindades – e dos poderes que cada herói possui.
Outro ponto alto da série é a quantidade absurda de referências que encontramos na história. Cada página é um verdadeiro jogo onde o objetivo é encontrar as homenagens descaradas a outros quadrinhos, séries de TV, desenhos animados, música, cinema, personalidades, etc.
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